A paixão pelo rosé

Não sabemos ao certo se é a cor que atrai ou as notas de florais e frutadas com acidez equilibrada que fascinam os apaixonados por rosé. Esse tipo de vinho tem conquistado os enófilos brasileiros, apesar de não ser nenhuma novidade. Na região francesa da Provence, os registros de rosés têm 26 séculos!

Já o Brasil – este país jovem no que se refere aos vinhos – tem produzido excelentes rótulos de rosé com as mesmas castas usadas na França, como Cabernet Sauvignon e Merlot. E quem representa muito bem o estilo “rosé afrancesado” é a Vinícola Routhier & Darricarrère, a ReD Vinhos, localizada em Rosário do Sul, na Campanha Gaúcha. Eles criaram o rótulo Marie Gabi, um dos rosés queridinhos da nossa carta. Feito de Cabernet Sauvignon, ele deixa claro que a França está na árvore genealógica da família. O enólogo Anthony Darricarrère segue o legado de seus antepassados e produz um vinho cheio de personalidade, com toque provençal, com a tipicidade da região brasileira em que é produzido.

Júlio Gostisa, um dos sócios da vinícola, avalia: “ nosso terroir está provando que podemos fazer todos os tipos de vinho, mas ele terão a nossa característica. Por enquanto, o favorito dos brasileiros é o espumante feito no Sul, feito com uvas brancas em sua maioria, o que comprova que, com o passar do tempo, os vinhos daqui serão consumidos com menor preconceito”.

Apesar do aumento do consumo de vinho brasileiro, ainda é um desafio às vinícolas chegarem ao consumidor final. Muitas pessoas ainda acreditam que o vinho brasileiro não tem qualidade e seguem comparando a produção local com a européia ou nossos vizinhos chilenos e argentinos. Sobre essa polêmica, Júlio diz “ o brasileiro precisa ser estudado, pois adora falar mal de seus próprios produtos”.

Se tem uma coisa que adoramos fazer aqui na Terroir Catarina é quebrar paradigmas e preconceitos com o vinho do nosso país. A cada garrafa que levamos aos clientes vemos a surpresa com relação a qualidade e custo-benefício. O rosé Marie Gabi é um deles: um vinho delicioso, com um rótulo encantador, preço justo e a qualidade do terroir de origem. É um rosé brasileiro com alma francesa: não há como não ser bom. A estrutura dele permite harmonizar com pratos que vão desde aperitivos leves até outros como esse polvo com salsa verde, cítricos tostados e batatas ao murro que tinha estrutura e o rosé segurou super bem.

O Marie Gabie também pode ser bebido sozinho. Muito leve e aromático, tem toques de flores e lima-limão. Ele conquistou o público de Floripa, e é quase sempre o mais vendido no Picnic na Beira-mar Norte. Costumo brincar que a vinícola fez esse rótulo para mim: repare a mulher numa bicicleta vintage, com cesto de flor e tudo!

Geralmente encontramos no mercado vinhos rosés nacionais feitos de merlot, cabernet, pinot e sangiovese (aliás, as castas italianas também têm sido destaque em Santa Catarina). Em uma adega pode caber o mundo inteiro! Não há limites, não aqui: nossa missão é provar que você pode, sim, ter orgulho dos vinhos nacionais.

Então, vamos descobrir o Brasil? Vem com gente!

 

Marie Gabi, feito de Cabernet Sauvignon – Vinícola Routhier e Darricarrère  – Rosário do Sul (RS)

 

 

Leave a Comment